Quando a criança, num momento de agressividade, é aceita, compreendida, amparada e orientada ela tem maiores chances de saber lidar com sentimentos como: raiva, medo, frustração, ansiedade...
O limite deve ser estabelecido desde cedo, para que faça parte da relação. Os adultos devem adotar uma postura única frente às crianças, isso facilita a compreensão do seu limite e do outro.
Alguns comportamentos, do tipo: agressividade, birra, anorexia, dificuldade escolar... devem ser encarados como sintomas.
As crianças nem sempre se dão conta de que estão fazendo determinada coisa, elas sabem que estão se comportando dessa forma e que estão incomodando algumas pessoas, mas não conseguem fazer diferente, afinal está conseguindo que as atenções se voltem para ela.
A atenção do outro, dá a criança a sensação de estar próxima, vinculada, ligada através da fala, do olhar, do grito...
Às vezes as crianças fazem uso de determinados comportamentos como uma forma de protestar contra algo que a incomoda, mas que ela não sabe expressar através da palavra ou fazer uso de um comportamento mais aceitável.
Quando se deparam com tais comportamentos, alguns adultos passam a buscar explicações para justificá-los e acabam se distanciando mais ainda da possibilidade de ajudar a criança.
Os pais precisam compreender que muito daquilo que os filhos serão, está sendo construído agora e que eles são fundamentais para torná-los mais saudáveis emocionalmente.
Assim como existe a preocupação de vacinar os filhos e manter certos cuidados para que não contraiam doenças, deve haver também posturas e cuidados para que evitem as dificuldades emocionais.
É relevante chegar à fase adulta com dentes saudáveis, ossos e músculos fortes, pele bem tratada, ter um bom funcionamento dos órgãos... E a emoção ??? Qual será a capacidade de lidar com o outro e com consigo mesmo? E como encarará as situações de frustração? E o impulso para buscar os próprios sonhos e não desistir quando surgir algum obstáculo? E determinação, a segurança...?
É claro que os pais não são os únicos responsáveis pela formação pessoa dos filhos, há dentro das suas histórias determinados episódios que fazem parte da vida e que nem sempre podem ser evitados. Além do mais os pais também, nem sempre sabem que estão fazendo algo inadequado e que trará conseqüências desfavoráveis à saúde emocional dos seus queridos filhos.
Portanto não precisam se sentir culpados, quando algo não sair bem. O importante é que tenham o olhar focado para o entendimento do quanto podem fazer para que seus filhotes se tornem adultos melhores. E assim será possível reparar as inadequações da relação, sem culpa, sem medo...